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Como forma de homenagem à família de Dona Efigênia, mãe da servidora do Poder Legislativo claudiense, Elisa Regina Azevedo, passamos a publicar uma biografia com sua trajetória de vida.
Quem foi Efigênia Florista?
Efigênia Azevedo Fernandes nasceu no dia 03 de setembro de 1935, no povoado de Sobrado, em Cláudio. É filha única de Pedro Gonçalves de Azevedo e Ana Martins de Azevedo e mãe de Elmo, Luiz Carlos, Ana Maria, Pedro, Antônio, Elisa Regina e Fernando Cássio. Tem 19 netos e 8 bisnetos.
Com o sonho de constituir uma família e ser feliz, casou-se com Iraci Antônio Fernandes, em 1955, mas, anos depois, teve que enfrentar a separação.
Em situação delicada, sozinha, em dificílima situação financeira, embora seus pais mesmo bastantes pobres ajudassem dentro dos seus limites, foi aconselhada a internar seus filhos na Casa de Menores São Tarcísio, com o que absolutamente não aceitou, embora soubesse das dificuldades que estariam por vir.
Dona Zezé do Quintinho e Dona Risoleta Neves, sensibilizadas com a situação de sua conterrânea, e acreditando que havia talento nas suas mãos, e que ela precisava dessa ajuda num momento tão delicado de não abrir mão da companhia dos seus filhos, convidaram uma artesã carioca, Dona Júlia, para vir a Cláudio especialmente para lhe ensinar a arte de confecção de flores artificiais.
A arte, logo assimilada com facilidade, já que contava a seu favor esse dom, garantiu à sua família o sustento necessário para prosseguir.
Primeiro, foram as flores de palha, depois de papel e, mais tarde, de tecidos engomados. Trabalhou por muitos e muitos anos, noites adentro para honrar as despesas com alimentação, saúde e escola de seus filhos.
A arte de fazer flores, a singeleza com a forma e a beleza aliada à delicadeza do seu trabalho, encantou a todos os claudienses. Eram grinaldas, buquês de noivas, ornamentação de Igreja, os andores de procissões, coroas de “anjinhos” no mês maio, fantasias de carnaval, decoração do Automóvel Clube, festas de debutantes, dentre tantas outras encomendas. Daí nasceu o apelido de ‘Efigênia Florista’.
Com o filho mais velho que trabalhava na Fundição Libaneza arrumando as malas, aos 15 anos, para estudar fora, num colégio federal técnico, as dificuldades aumentaram, já que o salário daquele filho ajudava bastante nas despesas do lar.
Mas D. Efigênia o encorajou a seguir aquele caminho. Mulher cidadã, exemplo de mãe, exerceu com dignidade o papel de preparar sua geração para a vida, transformando-os em cidadãos dignos!
As palavras de D. Efigênia ainda ecoam no ouvido de quem presenciou os momentos em que repetia sempre em alto e bom tom: “Não tenho nada pra deixar para os meus filhos a não ser a certeza de que vão vencer nesta vida através da educação”. E venceram. Todos!