Representantes da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) unidade Cláudio participaram da sessão plenária da Câmara Municipal de Cláudio, na última segunda-feira (09), para solicitar apoio dos vereadores contra os Projetos de Lei 3.733/2025 e 3.738/2025, em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Os textos tratam da adesão do Estado ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag), do governo federal e envolvem o patrimônio da universidade.
A diretora acadêmica da unidade, Valdilene Gonçalves Machado Silva, utilizou a Tribuna Livre acompanhada do professor Lucas Loli Vieira. O plenário lotado contou com a presença de professores, estudantes e membros do Diretório Acadêmico da UEMG.
Durante a fala, Valdilene apresentou dados institucionais da universidade e explicou que os projetos de lei preveem a transferência de imóveis da UEMG à União como forma de abatimento da dívida do Estado, atualmente estimada em cerca de R$ 165 bilhões.
Segundo ela, a medida pode comprometer o funcionamento da universidade e coloca em dúvida a sua continuidade. “Pedimos o apoio desta Casa para que se juntem a nós na defesa da UEMG e da sua permanência como instituição pública estadual. A retirada dos imóveis da universidade desses projetos é essencial para garantir sua continuidade e sua autonomia”, afirmou.
A diretora informou que a UEMG está presente em 19 municípios mineiros, com 22 unidades, 141 cursos de graduação, mais de 21 mil estudantes, 1.699 docentes e 597 técnicos. Em Cláudio, os cursos ofertados são Administração, Ciências Contábeis, Direito e Pedagogia, com aproximadamente 507 alunos. A unidade também realiza atendimentos gratuitos à população por meio de núcleos de apoio fiscal, contábil e jurídico, que atendem Cláudio e municípios vizinhos.
Além da questão patrimonial, o professor Lucas demonstrou preocupação com a possível transferência da gestão da universidade para o governo federal.