Critérios abusivos para locação e falta de programas de casas populares são discutidos na Câmara
A Câmara Municipal de Cláudio recebeu na tarde desta quarta-feira (28) cerca de 50 moradores para uma reunião sobre a situação da moradia no município. O encontro tratou de temas como a dificuldade de acesso ao aluguel, a alta burocracia envolvida na locação de imóveis e a demanda por programas habitacionais voltados às famílias.
Os participantes integram um grupo de mobilização criado por meio de aplicativo de mensagens, inicialmente voltado à busca por imóveis de aluguel. Com o tempo, o grupo passou a discutir questões relacionadas ao custo elevado da moradia, exigências como o pagamento de IPTU por parte dos inquilinos e a escassez de políticas públicas voltadas ao setor. “Há gente alugando e vivendo em uma garagem. Isso precisa ser revisto e contamos com o apoio da Câmara”, relata uma moradora que tem uma filha especial.
Durante a reunião, o carpinteiro Clever Raul Martins Araújo destacou a importância da continuidade das discussões e da participação do Legislativo. “Precisamos de transparência no processo de escolha e apoio da Câmara para que o projeto não pare. É preciso cobrar e entender o que será necessário para avançar no sentido de iniciar novo programa de habitação popular”, afirmou.
A confeiteira Selena Dias Ferreira relatou dificuldades enfrentadas por famílias que buscam uma moradia. “A população está no escuro, sem saber de nada. Faltam respostas sobre a situação das moradias. Os critérios para alugar estão cada vez mais abusivos”, disse.
Além do presidente da Câmara, vereador Simental, participaram da reunião o vice-presidente Kaká Amorim e os vereadores Maurilo do Sindicato, Geraldo Lázaro dos Santos, Rosângela Diretora e Nivaldo. Os parlamentares destacaram a existência de um déficit habitacional na cidade e a necessidade de ações mais efetivas. Sugeriram o envolvimento do Poder Executivo e do setor de Assistência Social.
Durante a reunião, foram mencionadas iniciativas como o programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa, a possibilidade de criação de um programa habitacional municipal, como já aconteceu com o bairro Santa Cruz, e a realização de um levantamento para dimensionar a demanda por moradias.
Também foi citada a existência de cerca de 500 lotes sob responsabilidade do Executivo, que poderia haver um estudo para atendimento das pessoas de baixa renda, além de um projeto iniciado pela Prefeitura ano passado na Rocinha voltado à construção de casas populares.
Foi sugerida a participação do atual prefeito e do setor de assistência social em futuras discussões sobre políticas públicas de moradia amparadas como direito fundamental na Constituição da República.
Assessoria de Comunicação Social do Poder Legislativo