A Câmara Municipal de Cláudio aprovou esta semana projeto de lei que cria o Dia do Escritor Claudiense. A matéria legislativa é de autoria do vereador Fernando Tolentino (PSDB) e foi aprovada em dois turnos e redação final antes de seguir para ser sancionada.
Pelo projeto, fica criado o Dia do Escritor Claudiense no dia 29 de novembro de cada ano. A data faz alusão ao nascimento do poeta claudiense, Mário Martins de Barros Amorim.
Durante a discussão da proposição em plenário,
dois escritores claudienses acompanharam a tramitação, encaminhamento e votação. Marly Olívia e Servos Cardoso representaram os escritores da cidade e relataram positivamente a intenção legislativa que valoriza a escrita e a leitura, através deste gesto aos poetas, poetisas, cronistas e articulistas.
A matéria aprovada prevê também a autorização para atividades alusivas ao dia 29 de novembro, que consiste na realização de eventos que envolvam os profissionais atuantes da área: poetas, contistas, cronistas, romancistas, ensaístas, articulistas, dramaturgos, roteiristas e quaisquer outros profissionais que tenham correlação com a escrita, desde a literária até a científica, no município de Cláudio.
Mário Martins de Barros Amorim
Mário nasceu em Cláudio, em 23 de novembro do ano de 1911. É filho de Sygesmundo Martins de Amorim e Altiva Pereira Barros. Em Cláudio, cursou as primeiras letras, destacando-se como aluno aplicado e inteligente.
Por ter se destacado nos estudos, seu pai, para estimular a sua educação, o matriculou no Colégio Ateneu Brasil, em São Paulo, de propriedade do Dr. José Vicente de Barros, tio de Mário. No Ateneu Brasil, Mário cursou o ginasial em apenas um ano, não tardando em lecionar no Colégio.
Voltando para Cláudio, lançou seu livro, “Folhas do Campo”, no ano de 1949. A opção quase total pelo soneto, de forma poética de difícil construção, demonstra a grandeza de sua sensibilidade e inspiração, comprovando a genialidade de seu trabalho.
De Cláudio, sua poesia alcançou todo o país quando seu poema “A Virgem Santíssima”, foi incluído na antologia “Nosso Senhor e Nossa Senhora”, organizado pelo poeta nordestino Da Costa Santos; nesta seleção ainda havia os conhecidos poetas: Alphonsus de Guimarães, Afonso Celso, Djalma Andrade e o maior orador sacro do Brasil, Dom Aquino Correa.
Em Cláudio, Mário trabalhou no Banco da Lavoura, no Ginásio Quinto Alves Tolentino e na agência do IBGE, onde foi chefe até se aposentar.
Mário Martins de Barros Amorim faleceu no dia 21 de novembro de 2000, deixando um grande legado na poesia e na literatura de nossa cidade, tendo escrito mais de 700 sonetos ao longo de sua trajetória.
Certa vez, o poeta assim definiu sua obra: “É o espelho vivo e palpitante do coração e da alma claudiense”.
Assessoria de Comunicação Social do Poder Legislativo