Documentos históricos e fotografias foram entregues pelo vereador Fernando Tolentino, que mediou a doação para o arquivo da Câmara Municipal
A família de Marina Campos Guimarães formalizou a doação de acervo profissional, político e pessoal da ex-vereadora e ex-presidente da Câmara para os registros históricos do parlamento municipal.
A entrega de livros, fotografias, documentos históricos e publicações da responsável por criar o código tributário de Belo Horizonte foi feita por filhos e demais familiares para o vereador Fernando Tolentino, que usou a Tribuna Popular para fazer o anúncio da doação que passa a integrar o acervo da Câmara Municipal.
“Em nome da família da ex-vereadora e ex-presidente da Câmara, Marina Campos, entregou documentos, registros, publicações e fotografias valiosíssimas sobre a história da Câmara e do município de Cláudio. Destacaram que foi uma forma de imortalizar estes pertences a doação para Câmara Municipal arquivar em seu acervo bibliográfico e histórico”, disse o vereador Fernando Tolentino, antes de ler a carta assinada pelos familiares.
A presidência da Casa informou que o trabalho de separação do material doado pela família de Marina Campos Guimarães será cuidadoso e ficará acessível para toda comunidade claudiense futuramente.
Vereadora Marina
Marina Campos Guimarães deixou um importante legado na política e no progresso do município. Foi a segunda mulher a ocupar o cargo de vereadora na história da Câmara Municipal.
Foi presidente da Câmara de Vereadores na 13ª Legislatura (31/01/1971 a 30/01/1973), durante dois mandatos consecutivos, ocasião que tinha como colega de parlamento a saudosa vereadora Paulina Dutra Alves, a pioneira no cargo em Cláudio. A foto de Marina Campos está imortalizada na galeria de ex-presidentes ‘Clodomir Barros’, que fica situado no plenário do Poder Legislativo municipal.
Foi reeleita para a 14ª Legislatura (31/01/1973 a 30/01/1977). Nessa segunda participação, foi eleita Secretária, em 31/01/1973, cargo que exerceu até a renúncia como vereadora, ocorrida em 10/03/1973. Foi substituída por Nelson Joaquim Alves, suplente pela ARENA, partido ao qual pertencia a titular. Sua renúncia coincide com a sua aprovação no concurso da Prefeitura de Belo Horizonte.
Depois de uma passagem muito produtiva na Câmara, ainda se dedicou aos problemas municipais, como advogada e cidadã. Em reuniões posteriores, há registros de sua participação na tribuna livre, onde solicitava atenção dos vereadores para a área de saúde.
Trajetória
Marina Campos Guimarães nasceu em 05 de março de 1941, em Cláudio/MG, na fazenda do Chumbo. É filha de José Amorim Guimarães e Namur Campos Guimarães; e neta do saudoso Domingos Teixeira Guimarães.
Do primeiro casamento do pai, teve seis irmãos, sendo estes Antônio, Glaura, Damião, Acácia, Hálida e Cosme. Em segundas núpcias do pai, teve mais cinco irmãos, sendo estes Sandra, Nádia, Domingos, Flávio e Fábio (in memorian).
Marina estudou o curso primário no Grupo Escolar Coronel Joaquim da Silva Guimarães, em Cláudio, e no ginásio em Oliveira. Depois, fez o Curso Técnico de Contabilidade na Escola Clemente Faria, em Belo Horizonte. Posteriormente, fez o Curso de Direito na FADOM (Faculdade de Direito do Oeste de Minas), em Divinópolis, quando foi aprovada em 3º lugar com muito brilhantismo.
Entre 1965 e 1973, manteve o Escritório de Contabilidade “Marina Campos Guimarães”, em Cláudio, ocasião em que prestou assessoria contábil para empresas e empresários do município.
Posteriormente, prestou concurso para o cargo de Auditor Fiscal da Prefeitura de Belo Horizonte, sendo aprovada em 3º lugar. Naquela instituição, ocupou o cargo de Assessora do Secretário da Fazenda, Sérgio Lanna, durante a administração do Prefeito Maurício Campos (1979/82); e como Assessora do Secretário da Fazenda, Evandro Barbosa, durante a administração do Prefeito Hélio Garcia (1983/84). Na Prefeitura de Belo Horizonte, também foi Diretora do Departamento Jurídico da Procuradoria Fiscal, da Secretaria da Fazenda, no período de 1974 a 1992.
Voltando para Cláudio, exerceu a advocacia a partir de março de 1998, até 2007, quando cancelou o seu registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), por motivo de doença. Retornou a Belo Horizonte, em fevereiro de 2008, onde residia até o dia da sua morte.
Assessoria de Comunicação Social do Poder Legislativo